sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Comerciantes têm medo da Guarda Municipal

Ilustração de Maurício Rocha
(Sobre a poda de árvores e o desmatamento)
Edição 1355 - 15.02.2008

Opinião

A eleição desse ano vai escolher além do prefeito, 50 vereadores cuja responsabilidade principal é representar a população na rotina da cidade. É muito importante que cada bairro tenha bons representantes de modo a garantir os serviços públicos locais, sob responsabilidade da prefeitura, como: escolas, hospitais de emergência, limpeza das ruas, transporte de passageiros, poda de árvores, iluminação pública e outros serviços essenciais à população.
A eleição municipal é na minha opinião a mais importante oportunidade para mudar o cotidiano, principalmente das coisas erradas. E será pelo nível de competência dos eleitos que a cidade terá ou não uma boa gestão, cujos resultados vão influenciar diretamente na vida das famílias.
Vivemos na Ilha, um certo abandono, com ruas esburacadas, hospital abandonado, árvores sem poda, a iluminação das ruas é precária, tem lixo abandonado em muitos lugares, e nenhuma obra à vista, a não ser aquela do hospital no terreno abandonado da Estrada do Galeão, que serviria para construção do novo Paulino Werneck.
Lembro que em 1988, a Ilha elegeu três vereadores: Carlos de Carvalho, Jorge Pereira e eu. Todos moradores da Ilha. Em 96, José Moraes também foi eleito e nesse período a região recebeu dezenas de obras, todas pela pressão que os vereadores da Ilha fizeram sobre o prefeito, que, aliás, continua o mesmo, mas talvez, hoje, não seja mais cobrado como era antes. É importante ter vereadores da Ilha - três ou quatro - mais dinâmicos, para exigir do prefeito as melhores condições de vida para o bairro.
Daqui a sete meses tem eleição, as conseqüências de uma má escolha prejudicam a todos nós, inclusive você.
Mauro Silveira do Auto Cine para minerador
Depois de fundar e comandar o Ilha Auto Cine por mais de 30 anos o empresário Mauro Silveira, 50 anos, resolveu agora dedicar mais tempo a um novo projeto na cidade de Cachoeira de Macacú. Trata-se da Mineradora Vale das Nascentes, empresa fundada em 2006, cuja principal atividade e a captação, envasamento e comercialização de água mineral de excelente qualidade.
Com o encerramento das atividades do tradicional drive-in, cinema ao ar livre, exclusivamente por falta de apoio dos órgãos públicos de cultura, e da prefeitura que nunca atendeu seus pedidos para disciplinar a rua de acesso ao Auto Cine, tomada desorde-nadamente pelo movimento dos quiosques instalado na orla da Praia de São Bento, transtorno que prejudicava o acesso dos veículos, e constrangimento: algumas vezes famílias que se dirigiam ao cinema eram insultadas. Foi a gota dágua para encerar as atividades.
Embora ainda saudoso com o fechamento do cinema, Mauro agora vive um momento especial e cheio de planos. Está animado com novos projetos e atividades, dividindo atenção com a família, à prática de exercícios físicos na Academia Sprinter do professor Mário Martins, e a natação nas piscinas da Portuguesa Carioca.
Pessoa séria e inteligente, Mauro viu na anunciada possível falta de água potável, uma oportunidade, e aposta todas as fichas no novo empreendimento levando do cinema para a mineradora o bom caráter e a seriedade mudando apenas de foco. Antes trabalhava com diversão e lazer para o público, agora, com visão futurista, está vendendo, com sucesso, saúde pra todo mundo.
Comerciantes da Cambaúba estão assustados
com a Guarda Municipal
Motoristas e comerciantes da rua Cambaúba, no Jardim Guanabara, estão indignados com alguns guardas municipais que desde o início do ano resolveram multar veículos sem aplicar critérios de bom senso. Até as ambulâncias e outros carros transportando doentes, que sempre tiveram tolerância estão agora na mira dos guardas.
- A área é predominantemente comercial estamos tendo muito prejuízo com a debandada de clientes que não tem onde estacionar. São lojas, academias cursos e clínicas que estão vivendo momentos de intran-qüilidade – disse Júlio Nogueira do Salão Ilha Mar.
A grande confusão, no entanto, é causada durante o embarque e desembarque dos alunos do Colégio Cambaúba. Os pais param os carros até no meio da rua, criando uma grande confusão, sem que a Guarda Municipal atue pelo menos orientando o trânsito.
Sueli Gonçalves, paciente da Clínica Ortofisi, mora em Campo Grande e trabalha na Ilha, diz que as multas são novidade, pois sempre estacionou em frente à clínica sem problemas.
- Os estacionamentos ficam longe, e para eu que faço tratamento e estou grávida, é mais difícil. Coloquei meu carro em cima da calçada e estou esperando uma vaga do outro lado da rua para não ser multada. – diz ela.
Leonardo Carro, morador da casa ao lado da Clínica Procor diz que já teve muitos problemas com estacionamento irregular em frente à garagem da sua casa. “Tem motorista abusado, mas os Guardas Municipais estão fazendo “terror” com todo mundo é um absurdo” – completou.
A inspetoria da Guarda Municipal garante que as reclamações dos moradores são constantes e por isso tem agido com mais rigor.
- Nunca houve autorização permitindo o estacionamento de carros na calçada. O que houve foi uma irregularidade dos guardas de trânsito que permitiam isso. A lei de trânsito é clara ao dizer que em via de mão única, pode-se estacionar do lado esquerdo da rua em locais que sejam permitidos. Veículos em cima das calçadas estão sujeitos à multa – disse George, assessor da GM.
Durante reunião, na quinta, dia 14, entre comerciantes e agentes da GM e CET-Rio, para tratar do assunto, foram anotadas diversas sugestões e segundo a GM, os empresários teriam manifestado a disposição de bancar as obras para criação de novas vagas para automóveis. A esperança de todos é que haja maior tolerância e menos multas, até que a solução seja encontrada.