sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Os desafios do trânsito



 Todo mundo sabe que moro e trabalho na Ilha. Acredito que é um baita privilégio ficar por aqui enquanto a maioria tem que enfrentar as agruras diárias do trânsito. Na quinta (17), não tive alternativa. Para estar num compromisso no Centro às 8h30 saí da Ilha às 7h, mas só cheguei ao destino poucos segundos do horário, por pura sorte. O taxista fez verdadeiras travessuras para chegar ao Castelo, depois de alguns congestionamentos na Estrada do Galeão, Linha Vermelha, Francisco Bicalho e Presidente Vargas. Nada demais, só trânsito pesado. Mas foram longos 90 minutos e me dei por feliz em a tempo. Percebi que a quantidade de veículos nas ruas aumentou muito e para cumprir horários eu preciso planejar melhor e, no mínimo, antecipar minhas saídas em trinta minutos.

 Fiquei impressionado com a quantidade de motociclistas nas ruas nesse horário. Eu e o motorista, que também não está acostumado a sair da Ilha, levamos alguns sustos por conta das buzinas intermitentes das motos, que surgem de todos os lados. Na Linha Vermelha, as buzinas parecem dizer para os motoristas saírem da frente, tal a insistência. Vi a cena de um motoqueiro chutar um carro que não abriu o espaço certo para a moto. Tomei sustos quando uma buzina alertava que um piloto ia passar pela esquerda e o taxista abriu espaço para a direita quando quase derruba um motociclista que ultrapassava pelo outro lado. Vi centenas de motos nervosas impondo seus espaços na marra com suas irritantes buzinas. Percebi o risco que a maioria dos jovens motoqueiros correm, sobretudo quando uma chuva fina deixou escorregadias as pistas.

 Nessa ida ao Centro percebi que as coisas mudam muito e são necessárias medidas urgentes para proteger motoristas e motociclistas. E seria bom que as autoridades, por exemplo, marcassem no asfalto faixas como aquela de cor laranja pintada nas pistas para os jogos Pan-Americanos em 2007. Nesse traçado os usuários de motos usariam como corredor e teriam a preferência absoluta. Assim os motoristas de carros teriam mais noção onde estão as motos, além de muitos sustos e acidentes seriam evitados.


joserichard.ilha@gmail.com

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

As ações de grupos e as Redes Sociais





 Na luta pela cidadania o debate de ideias e o contraponto, fruto de opiniões diferentes, são exercícios importantes. Até alguns anos passados, as associações de moradores e outras instituições reuniam pessoas interessadas na qualidade de vida da região e promoviam fóruns onde incluíam na pauta a discussão de temas cujo objetivo era exatamente o de trazer benefícios para a região.

 Hoje, são poucas as associações de moradores atuantes. A maioria deixou de existir e as poucas que ainda resistem, é pelo esforço individual de algum abnegado que não abandonou o barco e faz acontecer por conta própria. Até instituições mais poderosas que reúnem líderes minguaram em quantidade e representatividade. Talvez desanimaram de tanto gritar sem serem ouvidas pelas autoridades.

 O aparente enfraquecimento desses movimentos de representatividade pode ser o início do fim de um modelo que já está sendo substituído. Um exemplo dessa mudança é a força política das redes sociais como twitter e facebook. O fenômeno é mundial e mobiliza em minutos milhares de pessoas para manifestos e atos públicos importantes. A contundência e força desse novo vetor social, criado pela internet, recebe atenção especial das autoridades que está mais atenta às denúncias e sugestões da população. Os próprios governos e seus gestores estão usando a ferramenta virtual para a comunicação com os internautas. A luta pela cidadania ganha um novo cenário e novos protagonistas. Antes, eles não tinham um teclado à disposição.


joserichard.ilha@gmail.com