quinta-feira, 17 de abril de 2014

Dar infraestrutura para as comunidades é essencial para formar cidadãos melhores

Nas comunidades, falta: água, saneamento, saúde, educação...
Priorizar ações nas favelas é respeitar as famílias que moram lá

           Em todas essas questões de desigualdades sociais, acredito que o começo para resolver é a responsabilidade inarredável do poder que deveria dar prioridade para a infraestrutura das comunidades. Junto a isso, deveriam proporcionar condições verdadeiras para acesso à saúde e educação. Tendo onde dormir com dignidade, instituições sérias para dar apoio no combate às doenças e contando com escolas públicas com ensino de qualidade, cresce a autoestima do indivíduo e surge um novo cidadão.
           Nas comunidades, a vida é dura e não conta com todos os serviços e a infraestrutura que outros bairros recebem do poder público. Quantas vezes leio no Ilha Notícias queixas de moradores da Ilha reclamando, com absoluta razão, do tratamento desigual entre um bairro e outro. A prioridade dos serviços públicos deveria ser dirigida à região mais pobre. Aonde falta mais é o alvo onde a prioridade do poder deve chegar primeiro. Estamos todos no mesmo barco e não é agradável viver onde vizinhos sofrem dificuldades para ter uma vida normal. Nosso vizinho bem e feliz nos faz pessoas melhores. Priorizar o apoio às comunidades fará as diferenças diminuírem. É o caso, por exemplo, de acabar com esse sistema de cotas que nos faz diferentes. A vida naturalmente vai beneficiar os mais aplicados que serão diferentes no mérito.
           O ensino público deveria ser obrigatório de verdade e com incentivos. É preciso mudar a cultura das bolsas, que hoje premiam muitos desocupados e aproveitadores de plantão. Só famílias cujos filhos são assíduos na escola teriam direito a privilégios nos programas sociais do poder. Também é necessário repensar a educação como fábrica de cidadãos, cuja mente passa a aprender a valorizar a família, ter dignidade e respeito às instituições. Vamos chegar lá!

joserichard.ilha@gmail.com

2 comentários:

Edson Martins disse...

Parabéns José Richard, eterno lutador para ver a ilha do Governador, cada dia mais consciente da importância desse pedaço de chão, no qual muito caminhei durante 30 anos da minha vida. Richard aproveite mesmo da força do Ilha Notícias, Jornal de bairro, com diretrizes inconfundíveis em relatar ao povo o que de bom ou ruim que essa enorme população vive. Muda Brasil, temos oportunidade em outubro de demonstrar o nosso descontentamento com as coisas do nosso país.John

Anônimo disse...

Enquanto houver desigualdade no ensino não concordo em acabar com as cotas. Quando o nível da educação de todos os Colégios Estaduais e Municipais se equivaler ao nível das instituições de ensino mais prestigiadas como PH, São Bento e Santo Inácio, concordo com a rescisão da política de cotas.