terça-feira, 3 de novembro de 2015

Ilha do Governador pode ficar sem as barcas


Barca com quase 60 anos de uso é perigosa e mal conservada

             É inacreditável, mas o péssimo serviço que a população tem no transporte marítimo entre o Cocotá e a Praça 15, pode piorar muito ou até ser suspenso. Todos os passageiros reclamam de poucas barcas e horários insuficientes para ter um transporte confiável e que estimule alguém a utiliza-la. Quem usa as barcas não está satisfeito.
            Algumas embarcações, que fazem o trajeto entre a Ilha e o Centro, possuem mais de 60 anos e, além de velhas, navegam sujas e perigosamente. Há cerca de três meses uma delas bateu forte no píer do Cocotá e os passageiros tiveram que desembarcar entre as pedras. A CCR Barcas que possui a concessão nunca demonstrou a mínima vontade de melhorar os serviços e trata os passageiros como mercadorias.
             Agora, a CCR quer devolver a concessão e cobrar uma indenização milionária do estado que já avisou que não tem dinheiro. Enquanto rola a discussão o serviço deve piorar mais na melhor das hipóteses. Suspeito que nas próximas semanas os passageiros sofram com mais desconforto, menos barcas e poucos horários. O risco de que seja suspenso o trajeto entre a Ilha e o Centro é iminente diante das circunstâncias. O Estado já considerou a hipótese de voltar no tempo e estatizar novamente o transporte marítimo na Baía de Guanabara, cujo modelo não deu certo antes.
            Por enquanto, a alternativa de transporte marítimo pode se transformar em um pesadelo. A integração das barcas com outros meios de transporte fica por conta de um sonho irrealizável por absoluta falta de perspectivas e futuro. Então meu caro leitor, não se surpreenda se o serviço de barcas acabar.

joserichard.ilha@gmail.com

Um comentário:

Linux PratLix disse...

Desculpe mas como usuário das barcas desde o tempo da Conerj, posso afirmar que não existiam probemas quando foi privatizada sendo até superavitária e com embarcaçoes em bom estado de manutenção. A Barcas SA só usufruiram e não investiram. Pintura não é mecânica. Espero que volte para o estado, mas que não seja contaminada por corruptos. A barcas tem que continuar. se a CCR não teve competencia por excesso de frescuras então que vão embora e deixem para quem sabe.