quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Com graves problemas de mobilidade urbana e cerca de 300 mil habitantes, a Ilha do Governador precisa encontrar um modelo ideal de estruturação urbanística

             

              A discussão do Projeto de Estruturação Urbanística da Ilha do Governador, mais conhecido como PEU, é necessária e não deve ter fim até quando a maior parte das ideias divergentes tenham minimamente pontos em comum.
               Até agora, vejo muito poucos avanços e nenhum entendimento à vista. As reuniões não convergem e há desconfiança dos dois lados. Tem os que acham que está bom assim e, outros que não concordam e preveem o caos. Enquanto isso, a prefeitura e a Câmara dos Vereadores agem nos bastidores na expectativa que o texto do projeto de lei seja melhorado e atenda verdadeiramente os desejos da população.
             Quando algumas reuniões são anunciadas por um dos grupos interessados nas modificações do projeto, eles deliberadamente demonizam o projeto básico. É quando alguns, como eu, ficam desanimados e consideram perda de energia a participação. Aprendi que é preciso ouvir, pesquisar e estudar as questões relevantes - como o PEU é -, para participar, até divergindo com argumentos importantes e, soluções alternativas. Participar de reuniões com cartas marcadas, onde a disputa é entre, quem fala mais e mais alto não me empolga.
              Li o projeto e encontrei equações técnicas que obrigam consultar outras normas para entender as modificações propostas. Coisas fáceis para arquitetos e engenheiros mas para o simples morador a questão essencial é que as modificações no PEU tragam mais qualidade de vida junto com mais desenvolvimento. Já basta o passivo da Baía de Guanabara e todos os danos ambientais que sofremos.
             O PEU precisa ter no seu texto normas que permitam avanços essenciais, como preservar a qualidade de vida de modo claro e transparente, com base na legislação da cidade e fruto da vontade da população. 


joserichard.ilha@gmail.com

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Protestos de taxistas atingem a população

              É uma covardia contra a população essas greves cujo maior prejudicado é o cidadão. Não encontro argumentos que possam fortalecer os pleitos dos grupos que protestam, quando impedem a livre circulação das pessoas. O alvo dos taxistas, por exemplo, são a Prefeitura e a Câmara dos Vereadores, poderes que podem deliberar sobre os problemas que a classe diz que afligem os taxistas.
               Ouvi muitos amigos dizerem que usam os serviços do UBER diante das insatisfações contra os taxistas. Eles lembram que alguns motoristas recusam corridas para fora da Ilha, outros têm carros sujos e caindo aos pedaços, não tem um padrão de roupa e ostentam mau humor permanente. Essas, entre outras, podem ser as razões porque cada vez menos passageiros defendem os taxistas. 
              Hoje além do UBER, muita gente usa o próprio carro e transporta colegas de trabalho e amigos para o Centro, diminuindo cada vez mais o público que usa os serviços de táxi. É uma pena, e parece que os taxistas ainda não perceberam que os tempos mudaram e que a concorrência vai auentar mais e a classe precisa mudar urgente a estratégia de protestos. É preciso oferecer à população serviços de qualidade, bom atendimento, gentileza, educação e alto astral. Além, é claro, de muito esforço para fazer a diferença. Raros fazem isso e se dão bem. Seus táxis estão sempre limpos e eles exibem um sorriso permanente, atitude que faz as viagens prazerosas.
               A cada dia os taxistas perdem espaço no mercado de transporte de passageiros por culpa própria. São desunidos. Autônomos e auxiliares apenas fingem que se entendem. O pior é que existem empresas donas de mais de 1 mil táxis, e que mandam no sistema, segundo denúncias. A legislação deveria mudar e estabelecer concessões exclusivas aos motoristas. É absolutamente natural que todos os auxiliares tenham garantido o direito a autonomia.  Uma para cada um de modo a equilibrar o sistema e se ajustar à realidade. 
               Mas não é com protestos impopulares que vão conquistar alguma coisa.

joserichard.ilha@gmail.com